30 de set. de 2009

Vazio

Eu estou vazio de mim mesmo,
e cheio de vocês
Vocês que me fazem não ser eu
Vocês que me cercam

Me atingem como bala certeira
Destroem minha alma
Constroem meus pecados
Me consomem com dor

Chegam até mim cheias de desgraça
Me oferece, me tentam,
e no final
nada

O que resta neste nada, sou eu
que sequer existo mais
sendo apenas mais um,
ou pior do que isso, sendo nada

E dessa forma surge a dor (sim, escreverei pateticamente sobre isso)
Surge, me consome e realmente faz doer

Doer em mim, doer em mim
Só em mim, só em mim
Sem ninguém saber
Sem eu querer que ninguém (ou todos) saibam

Ai a dor dói
Dói mais ainda,
mas eu aguento,
sempre aguentei

Sempre fui a esponja seca e vazia
Absorvendo um pouco de cada
Virado todos
Morrendo diante de cada um
Sem que alguém perceba

2 comentários:

Juliana C. disse...

Absorver demais pode ser um erro. A gente se perde dentro de conceitos, dentro de características quem não sabemos mais se é nossa ou não.
Tenso e bonito. Amei.

Anônimo disse...

eeeeeeeuzinho ? de miiiiiiim ?